O mês da Web3 – Queda da Bitcoin e novos investimentos brasileiros
O mês de junho foi marcado por grandes anúncios no universo Web3, mas também pela queda histórica da Bitcoin. Reunimos as principais notícias dos últimos 30 dias, e você pode conferir um resumo completo dos highlights do mês aqui na Neverest!
Atletas investem no cenário
Em junho, Gabriel Medina e Cristiano Ronaldo foram dois grandes nomes que decidiram se aventurar em Web3.
Medina criou a Kauai Ventures em parceria com Ricardo Laureano Siqueira, com objetivo de prospectar negócios baseados em investimentos relacionados a NFT, blockchain, metaverso, criptomoedas e outras tecnologias. Segundo entrevista concedida à Forbes, o atleta explicou quer quer "apoiar empresas e empreendedores que estão criando inovações para meio ambiente, bem-estar e esportes".
Cristiano Ronaldo, por sua vez, fechou uma parceria com a Binance, especializada em blockchain e provedora de infraestrutura de criptomoedas. A colaboração inclui a criação de uma série de coleções para venda exclusivamente na plataforma, todas com designs desenvolvidos em colaboração com o jogador.
Brasil é o 2º país com maior número de donos de NFTs
O Brasil ganhou destaque em junho quando apareceu na 2ª colocação na lista da consultoria Statista, que divulgou os países que possuem maior número de pessoas que são donas de NFTs. Atrás apenas da Tailândia e na frente de gigantes da tecnologia, como Estados Unidos e Alemanha, o Brasil tem 5 milhões de pessoas que possuem tokens não fungíveis - esse número representa 2,3% da população.
Segundo a publicação, a alta adesão aos NFTs por aqui se deu principalmente por conta da popularização dos criptogames em blockchain, como Axie Infinity.
Spacecaps e MIBR lideram mercado brasileiro
E falando em Brasil no pioneirismo de investimentos, este mês foi marcado também pelo surgimento da Spacecaps, holding com foco em games Web3, composta por 6 empresas - entre elas está a LOUD, e isso não é coincidência: os fundadores da LOUD, Jean Ortega, Bruno Bittencourt e Matthew Ho estão por trás da Spacecaps. Dropull e Monomyto são outras duas empresas da holding, ambas focadas em ferramentas e produtos de infraestrutura para Web3, e o jogo Gunstars, battle royale mobile com NFTs integradas.
Outra empresa do universo dos esports que está investindo Web3 é o MIBR. Em parceria com a Socios.com, ela se tornou a primeira organização brasileira de esports a ter fan token. Com os fan tokens, os torcedores podem ganhar recompensas e experiências exclusivas, além de acesso aos jogos e competições, tudo isso no mesmo aplicativo da Socios.com, que já conta com 1,5 milhões de usuários em 167 países.
Muito dinheiro de um lado, muitas perdas do outro
A Bitcoin teve seu pior trimestre em mais de uma década depois da queda de 58% da criptomoeda. Os dados são da Bloomberg, que mostram que o declínio começou em abril. Em junho, a Bitcoin perdeu mais de US$ 200 bilhões em capitalização de mercado.
Por outro lado, a Binance, que é a maior plataforma de criptomoedas do mundo, levantou um fundo de US$ 500 milhões para investir em Web3. O braço de risco da empresa, a Binance Labs, garantiu o apoio das companhias de capital de risco DST Global e Breyer Capital. A ideia é que o capital seja usado para investir em empresas que constroem a Web3.
A Binance também anunciou nesta semana uma parceria com Khaby Lame, o criador de conteúdo mais seguido do TikTok. A colaboração entre a empresa e o influenciador contará com lançamentos de NFTs, impulsionar a educação sobre cripto e aumentar o ecossistema em que a companhia está presente.
Moedas usadas em games
Confira essas outras 3 moedas muito usadas nos games online:
1. Enjin Coin (ENJ)
Enjin Coin (ENJ) é um token nativo de blockchain e uma plataforma de desenvolvimento de jogos. Ela foi criada para fornecer um meio para a criação de jogos blockchain-based, como jogos de cartões, aventuras, jogos de tabuleiro, jogos de RPG e outros. O token Enjin é usado para criar, gerenciar, realizar transações, realizar compras, transferir recursos entre usuários e diversos outros usos.
O Enjin Coin é baseado na Ethereum blockchain e pode ser usado em uma variedade de aplicações relacionadas a jogos. O token também é usado como um meio para compra de itens de dentro de jogos, como skins, armaduras, armas e outros itens virtuais.
A plataforma Enjin permite que os desenvolvedores criem tokens personalizados e criem economias de jogos digitais, permitindo aos jogadores trocar itens virtuais dentro do jogo por tokens. Os desenvolvedores também podem usar a plataforma para criar economias de jogos baseadas em blockchain, como jogos de batalha, jogos de aventura, jogos de RPG e muitos outros.
Além disso, a Enjin também permite aos jogadores comprar, vender e trocar itens virtuais entre eles. Os tokens Enjin também podem ser usados para financiar crowdfunding e campanhas de marketing.
Em resumo, o Enjin Coin é um token nativo de blockchain que facilita a criação de jogos baseados em blockchain, a compra, venda e troca de itens virtuais, bem como o financiamento de campanhas de marketing e crowdfunding.
2. Decentraland (MANA)
Decentraland é uma plataforma de realidade virtual baseada em blockchain. É construída sobre a tecnologia Ethereum, para permitir que os usuários desenvolvam, hospedem e monetizem conteúdos e aplicativos de realidade virtual.
Decentraland (MANA) permite que os usuários comprem, vendam e criem conteúdos e aplicativos de realidade virtual. Esses conteúdos são mantidos no blockchain Ethereum. Os usuários podem usar o token MANA para comprar e vender terrenos no mundo virtual, o que lhes dá a capacidade de criar e personalizar seu próprio mundo virtual.
O token MANA também pode ser usado para comprar bens virtuais, como jogos, aplicativos ou outros conteúdos, que podem ser vendidos em Decentraland. Os usuários também podem usar o token MANA para comprar in-game moeda e outras funções relacionadas à realidade virtual.
3. Loom Network (LOOM)
Loom Network é uma plataforma de blockchain baseada em Ethereum que foi projetada para ajudar a tornar os aplicativos descentralizados mais escaláveis e acessíveis. A plataforma foi projetada para permitir que os desenvolvedores criem e execute aplicativos descentralizados em cima da blockchain Ethereum, mas com os benefícios extras da escalabilidade, segurança e flexibilidade.
A Loom Network tem como objetivo simplificar a criação e o uso de aplicativos descentralizados, oferecendo camadas adicionais de escalabilidade, segurança e flexibilidade que a blockchain Ethereum não oferece. Isso é conseguido por meio de uma combinação de soluções de ponta a ponta, incluindo arquitetura de sharding, DPoS e DAppChains.
Sharding é uma técnica de escalonamento que se divide em grupos menores chamados shards, que contêm um subconjunto da blockchain. Isso significa que os nós que validam a blockchain não precisam processar toda a blockchain, mas apenas um shard específico. Isso significa que a rede se torna mais rápida e eficiente, pois os nós não precisam processar todo o blockchain para validar uma transação.
A Loom Network também usa o consenso Delegated Proof of Stake (DPoS) para validar transações. O DPoS é uma versão melhorada do consenso Proof of Stake (PoS), em que os usuários que detêm tokens LOOM na rede votam em um conjunto de nós validadores para validar transações. Isso significa que a rede é mais rápida, pois os nós validadores não precisam ser todos iguais.
Finalmente, a Loom Network também oferece DAppChains, que são blockchains paralelas construídas sobre a blockchain Ethereum. DAppChains fornecem um mecanismo separado para executar aplicativos descentralizados, permitindo aos desenvolvedores usar os recursos da Ethereum, mas com a escalabilidade extra da rede Loom. Isso significa que os desenvolvedores podem criar aplicativos descentralizados que são mais rápidos e escaláveis do que aqueles construídos em cima da Ethereum. Até a próxima!
